Nossa perspectiva, no contexto dessas inter-relações igrejas evangélicas-política-sociedade, é apresentar fragmentos de “uma história do presente”, conforme um olhar foucautiano, trazendo mais problematizações do que noções relativas à progressividade de conceitos e práticas eclesiais que supostamente explicariam as suas condições atuais.

Portanto, mais do que buscar no passado eventos fundadores/inauguradores de suas práticas e saberes atuais, nos interessa enfatizar as relações de poder que a perpassam, as suas rupturas, continuidades e descontinuidades. Essa perspectiva abre um leque de possibilidades de análises que serão realizadas pelos autores e são entendidas aqui como fragmentos, ramos e linhas interpretativas, sem uma intenção de homogeneização da realidade. A própria experiência dos autores e autoras se apresenta como ingredientes, assim como nossas reflexões acadêmicas, para leitura dessa realidade chamada “igreja evangélica” ou “igrejas evangélicas”.